O setor financeiro é o principal desafio para empresas em início de operação. De acordo com dados da Secretaria de Governo Digital, 60% dos pequenos negócios encerram suas atividades com menos de 5 anos de atuação. Além disso, 39% não sabem qual é o fluxo de caixa necessário para sustentar as operações. Entre os fatores que influenciam esse cenário estão a dificuldade em determinar o valor do lucro líquido pretendido e a precificação incorreta dos produtos.
Diante desse cenário, empreendedores buscam ajudar novos negócios a qualificarem suas gestões de finanças. É o caso da Triven, empresa de serviços de backoffice que oferece consultoria financeira para startups e empresas inovadoras. De acordo com Renata Calil, CFO na Triven, a análise minuciosa do fluxo de caixa é o que mantém o sucesso das startups em estágios iniciais.
“No começo da operação, é comum que o fundador esteja focado no desenvolvimento do produto e na consolidação de estratégias comerciais. Mas é fundamental que o setor financeiro não seja negligenciado, pois nesse momento inicial é a análise de caixa que vai promover a sustentabilidade dos negócios”, afirma.
Segunda a especialista, há três boas práticas na gestão de fluxo de caixa que devem ser implementadas o quanto antes: registro diário de entradas e saídas, análise do saldo do dia e projeção de pagamentos e recebimentos.
“Com essas ações, a empresa tem maior controle sobre quais são as necessidades de caixa, se é preciso realizar uma captação ou se há espaço para alavancar as operações. Também é fundamental olhar para o desempenho como um todo e planejar os próximos passos, principalmente no início das atividades, quando os recursos financeiros não entram com tanta frequência”, explica.
Essa análise não é relevante apenas em momentos de déficit. Renata explica que, quando há recursos disponíveis, é preciso ter clareza sobre as estratégias de negócio para avaliar como aplicar o dinheiro da melhor forma possível. Nesse sentido, a conciliação e o registro de todas as informações são essenciais para gerar esses insights.
“Cada empresa tem que saber qual é a melhor ferramenta de controle para o seu caso. Há quem utilize planilhas eletrônicas, aplicativos ou ERPs, por exemplo. Não importa qual seja o método adotado, o importante é que os dados financeiros estejam otimizados e organizados”, finaliza.
Fonte: Triven
Fonte: Portal Contábeis