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Você precisa conhecer o inimigo: a anatomia de um ataque ransomware

Prevê-se que o custo financeiro do cibercrime atinja 10,5 trilhões de dólares por ano até 2025, e isso frisa a urgência de reforçar as suas defesas contra o ransomware.

O segredo para virar o jogo nesta batalha cibernética está justamente em dominar a arte de conhecer o seu inimigo. Confira abaixo as observações de Anthony Cusimano, estrategista corporativo da Object First, que destrincha toda a anatomia de um ataque, explicando cada estágio para contribuir com a preparação e o conhecimento necessário, criar o seu escudo e enfrentar as ameaças que estão à espreita.

A Odisseia do ataque

Navegar nas águas traiçoeiras de um ataque de ransomware requer uma compreensão profunda do seu ciclo de vida. Desde a exploração inicial de vulnerabilidades até a tão temida etapa dos pedidos de resgate, cada fase é um movimento calculado dos cibercriminosos para explorar, criptografar e extorquir.

A descompactação desses estágios te ajuda a esclarecer as suas estratégias, oferecendo os insights necessários para reforçar sua defesa e proteger os ativos digitais.

Identificação do alvo e coleta de inteligência

Os cibercriminosos começam identificando alvos potenciais, concentrando-se onde estão os dados valiosos e as vulnerabilidades notáveis. Por meio de pesquisas meticulosas, incluindo a análise de informações públicas e a exploração de dados provenientes de violações, eles avaliam a postura de segurança cibernética do alvo, identificando os elos mais fracos na arquitetura da defesa.

Acesso liberado

O ponto de entrada normalmente é criado por meio de campanhas sofisticadas de phishing ou pela exploração de vulnerabilidades conhecidas. Os invasores usam e-mails muito bem disfarçados para induzir as pessoas a fornecerem credenciais de acesso ou acionar downloads de malware, estabelecendo as bases para o ataque.

Conquista de território

Após se infiltrarem na rede, os invasores movem-se em busca de dados e sistemas confidenciais. Eles ampliam seus direitos de acesso, aproveitando credenciais roubadas e explorando pontos fracos do sistema para obter o máximo controle possível sobre a rede, preparando o terreno para a implementação da carga útil do ransomware.

Fase da contaminação

Nesta etapa crítica ocorre a implementação real do ransomware, na qual os invasores executam o malware que criptografa os dados do alvo. Ao aproveitar algoritmos de criptografia avançados, eles garantem que os dados fiquem inacessíveis, preparando o terreno para suas demandas de extorsão.

O pesadelo do bloqueio

Os invasores agora bloqueiam o sistema, criptografando arquivos e, às vezes, sistemas inteiros. Eles têm como alvo uma ampla variedade de tipos de arquivos e utilizam criptografia robusta para evitar o acesso não autorizado, interrompendo significativamente as operações e o acesso a dados críticos.

O resgate

Com os dados criptografados, os criminosos revelam sua presença, exigindo pagamento de resgate em troca de chaves de descriptografia. A comunicação é muitas vezes feita por meio de canais seguros, com exigências feitas em criptomoeda para manter o anonimato e dificultar o rastreamento.

Restauração e próximos passos

A fase final concentra-se na recuperação e prevenção de ransomware. As vítimas precisam decidir se pagam o resgate ou tentam restaurar os sistemas usando backups. Independentemente da resposta imediata, esta etapa envolve uma revisão completa da segurança dos dados e a implementação de uma defesa mais robusta para reduzir o risco de sofrer novas violações no futuro.

Os backups se tornaram os alvos favoritos dos cibercriminosos. Totalmente compreensível, afinal, geralmente é onde estão armazenados os dados mais valiosos. Por isso, a tecnologia de imutabilidade do backup se tornou uma importante aliada na arquitetura de defesa contra as ameaças cibernéticas.

É fundamental conhecer profundamente sobre ransomware e suas táticas cada vez mais sofisticadas e conhecer as estratégias do seu inimigo, mas as escolhas que você faz para os seus esquemas de defesa é o que pode de fato fortalecer a barreira de segurança dos seus sistemas.

Fonte: Object First

Fonte: Portal Contábeis