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Escândalo no INSS: entidades ignoram investigações e lucram R$ 18 mi a mais

Após a deflagração de investigações que resultaram na suspensão temporária de novas adesões, entidades envolvidas em descontos aplicados sobre aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continuaram a expandir suas operações. Atualmente, essas organizações registram uma receita mensal de R$ 268 milhões, um aumento significativo de R$ 18 milhões em comparação ao faturamento de março, que era de R$ 250 milhões.

A abertura das investigações pelo próprio INSS e por órgãos de controle foi motivada por uma série de denúncias reveladas pelo Metrópoles sobre a arrecadação massiva de 29 entidades através de mensalidades associativas questionadas judicialmente.

Em um período de um ano, associações sob investigação pela Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e INSS, acumularam mais de R$ 2 bilhões em descontos aplicados diretamente nas folhas de pagamento dos aposentados. Este montante foi obtido por meio de um acordo de cooperação técnica firmado com o INSS.

Aumento de receitas e impactos recentes

Nos três meses subsequentes a março, as receitas dessas entidades continuaram a crescer, atingindo R$ 298 milhões em maio. Contudo, nos dois meses seguintes, houve uma queda, com os valores recuando para R$ 268 milhões em junho, conforme os dados mais recentes do INSS.

Durante este período, as entidades enfrentaram diversos desafios legais. Em junho, uma decisão rigorosa do TCU ordenou ao INSS que acelerasse a suspensão de novas filiações. Em seu julgamento, os ministros utilizaram termos como “escabroso” e “de arrepiar” ao analisarem as auditorias realizadas nas entidades envolvidas.

A continuidade do crescimento das entidades, mesmo sob intensa fiscalização, levanta questões sobre a eficácia dos mecanismos de controle e a necessidade de novas regulamentações. As investigações prosseguem, e espera-se que medidas mais robustas sejam implementadas para proteger os aposentados de descontos indevidos e garantir a transparência nas operações dessas associações e sindicatos.

Com informações do Metrópoles

Fonte: Portal Contábeis