Governo anuncia plano para impulsionar indústrias brasileiras até 2033

O governo federal anunciou o lançamento, nesta segunda-feira (22), de um novo plano de industrialização, intitulado “Nova Indústria Brasil”. Em uma coletiva no Palácio do Planalto, destacou medidas cruciais para impulsionar o setor, incluindo linhas de crédito, subsídios governamentais e uma política de conteúdo local.Com metas para os próximos dez anos, a nova política é destinada especificamente para seis áreas: agroindústria; bioeconomia; complexo industrial de saúde; infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade; transformação digital; e tecnologia de defesa.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), composto por membros de 23 ministérios e 50 representantes de setores produtivos, formulou a proposta ao longo do último semestre. A reunião no Palácio do Planalto, liderada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, marcou a aprovação da nova política industrial. Posteriormente, Alckmin apresentou o texto da “Nova Indústria Brasil” e um plano de ação para 2024 a 2026, culminando no lançamento oficial.

Metas para 2033:

• Aumentar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário para 50%;
• Alcançar 70% de mecanização nos estabelecimentos de agricultura familiar;
• Produzir internamente 70% da demanda por medicamentos, vacinas, equipamentos e tecnologias;
• Reduzir o deslocamento casa-trabalho em 20% (moradia e mobilidade);
• Transformar digitalmente 90% das empresas industriais, priorizando tecnologias como a robótica avançada;
• Reduzir em 30% as emissões de CO2 na indústria e aumentar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz de transportes;
• Alcançar autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para a defesa nacional.

“Neoindustrialização” e investimentos bilionários

A iniciativa está alinhada à “neoindustrialização”, termo destacado pelo vice-presidente Alckmin. A previsão do governo é que, nos próximos quatro anos, os investimentos ultrapassem R$ 100 bilhões, impulsionados por entidades como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).

Fonte: Portal Contábeis