O Open Finance, sistema que permite o compartilhamento de dados e serviços entre diferentes instituições financeiras, têm ganhado cada vez mais a confiança dos brasileiros.
Em 2023, foram registrados 3,2 milhões de novos consentimentos por mês no sistema.
Segundo a pesquisa Open Finance Brasil, realizada pela Ipsos e encomendada pela TecBan, em 2021, mais de 45% dos usuários se mostraram preocupados, mas em 2023 o percentual caiu para 34%, um avanço notável.
Com a confiança, a expectativa é que 60 milhões de brasileiros participem do ecossistema até 2025.
Open Finance
Confira os quatro principais mitos e verdades sobre o Open Finance, de acordo com o CEO da Lina Open X, Alan Mareines.
Segurança dos dados
Há um temor de que, a partir do consentimento, os dados fiquem expostos. Mas a realidade é justamente o oposto: as empresas só podem ter acesso aos dados dos consumidores se estiverem autorizadas por ele, dando mais controle ao cliente.
Existem várias regras de governança e também leis que as instituições participantes precisam seguir para poder usufruir do ecossistema.
Quando o cliente autoriza o compartilhamento, é obrigação da instituição informar para qual finalidade os dados serão utilizados, além de especificar quais são esses dados exatamente.
O consumidor pode escolher por quanto tempo os dados serão utilizados, e as informações ficam protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e pela Lei do Sigilo Bancário.
Tarifas do Open Finance
O compartilhamento de dados não tem custo ao consumidor. Ou seja, nenhuma cobrança é feita nesse sentido, pois a ideia é justamente incentivar que o cliente possa optar por compartilhar essas informações.
Ofertas e propostas
Quanto mais informações o sistema tem, a partir do histórico financeiro do cliente, mais personalização o Open Finance tem a oferecer, enviando com mais precisão as ofertas de crédito ou de produtos que de fato fazem sentido. Esse é um dos grandes diferenciais do sistema.
Importante ressaltar que a personalização é benéfica para o consumidor e também para a empresa, que muitas vezes por oferecer opções genéricas na ausência de dados personalizados, acaba por perder a chance de venda do produto ou serviço.
Remover o compartilhamento
A qualquer momento, o consumidor pode solicitar a interrupção do compartilhamento de dados. A opção de reverter o compartilhamento pode ocorrer por diversos motivos, e o cliente pode fazer isso quando quiser. A instituição, por sua vez, perde o direito de utilizar os dados.
A Febraban aponta que mais de 90% das instituições pretendem expandir parcerias até o fim de 2023, com o intuito de prover ao consumidor serviços mais completos e entrar em segmentos novos como forma estratégica de agregar valor, complementar jornadas e consolidar a busca constante pela inovação.
Fonte: Portal Contábeis