A Receita Federal abriu investigações para averiguar a possibilidade de o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) ter sido usado de maneira irregular por empresas, suspeitando de práticas como lavagem de dinheiro..
A princípio, a suposta fraude veio da utilização do benefício, por companhias ligadas ao setor de eventos, para não pagar impostos com dinheiro lavado.
Além disso, fala-se também na possibilidade de empresas fora do segmento fazerem um cadastro fraudulento para receber os incentivos do programa.
O senador e líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues, disse que as informações sobre os supostos esquemas chegaram a Haddad por meio de uma fonte anônima.
“O ministro relatou esse caso para nós […] Essa denúncia ainda carece de averiguação e de confirmação”, declarou a jornalistas em Brasília depois de se encontrar com o ministro.
Segundo dados informados pelo governo, o programa custou R$ 17 bilhões em isenções fiscais em 2023 e a estimativa do Ministério da Fazenda era uma renúncia de cerca de R$ 4 bilhões.
Os números serviram de argumento para a extinção gradual do Perse até 2025.
O encerramento do benefício proposto pelo governo vem como forma de cortar os gastos, uma vez que a equipe econômica quer atingir a meta de zerar as contas públicas em 2024.
Vale lembrar que o Perse foi criado a fim de amenizar os prejuízos do setor de eventos causados pela pandemia da Covid-19, que praticamente dizimou empresas devido às restrições a aglomerações.
Fonte: Portal Contábeis