Empresarial

4 indícios de sinais vermelhos de uma empresa na entrevista de emprego

Quando uma pessoa se candidata para um emprego, não é apenas a empresa que está conhecendo ela – o processo seletivo também é uma oportunidade para que o candidato entenda mais sobre a companhia e se ela é um bom match para sua realidade.

Assim, o processo seletivo é uma via de mão dupla, não é só a empresa que escolhe o profissional, esse é o momento do candidato avaliar se a empresa é adequada para o seu perfil.

O processo de contratação é quando as empresas querem mostrar o seu melhor, escreve o ex-Vice Presidente de RH da Microsoft, Chris Williams, para a Business Insider. 

“A empresa está tentando fazer com que você faça parte da equipe”, diz Williams. “Recrutadores e gerentes de contratação querem que você não apenas acredite neles, mas se junte a eles. Portanto, eles devem estar em seu melhor comportamento.”

Se há direcionamentos ruins durante esse processo, você deve ficar atento à cultura da companhia. “Mesmo que acabe aceitando um emprego em um lugar com um ou mais sinais vermelhos, lê-los pode ajudar a evitar surpresas quando você chegar lá”, afirma o especialista. 

Veja alguns dos “sinais vermelhos” mais comuns durante o recrutamento e seleção:

Caos

Quem nunca se inscreveu em um processo seletivo, passou um tempão sem nenhum retorno e de repente recebeu uma comunicação com necessidade de resposta imediata? Ou percebeu que os passos de entrevistas e testes não eram claros? 

“Esse tipo de caos pode resultar de muitos fatores: talvez a empresa esteja em tumulto, talvez a equipe de recrutamento não tenha a mais alta prioridade, talvez todos sejam contratados temporários, ou talvez sejam apenas pessoas desorganizadas”, diz Williams. 

Qualquer que seja a causa, a bagunça é um sinal relevante. “Se a face da empresa para possíveis contratações não consegue nem mesmo agendar uma entrevista, imagine como seria trabalhar lá”, escreve o ex-VP da Microsoft.

Burocracia

Lembre de sistemas que exigem que você faça o upload do seu Currículo milhares de vezes, exigem preenchimento de vários formulários. Esses processos seletivos indicam uma burocracia exagerada e até métodos anacrônicos de avaliação, aponta o especialista.

“Processos de contratação que envolvem sete rodadas de entrevistas ou trabalhos prévios extensos, como concluir projetos-teste, muitas vezes são relíquias de uma era passada — resquícios de processos que uma vez talvez fizessem sentido”, diz Williams. 

Um processo burocrático pode indicar uma empresa pouco atualizada e eficiente, com um dia-a-dia de complicações desnecessárias para seus funcionários.

Sigilo

Quem está procurando emprego cansa de ver “empresa confidencial” ou “salário a combinar” na descrição de vagas. 

“Muitas vezes, [empresas] tratam esse nível de sigilo como um distintivo de honra, como se fosse um sinal da importância de seu grande trabalho”, diz Williams. “Muitas vezes, é apenas presunção ou bravata”.

No pior dos casos, as companhias podem estar escondendo condições de trabalho terríveis por trás de portas fechadas. Afinal, se você não sabe nem o nome da empresa, não pode pesquisar avaliações na internet ou entrar em contato com ex-funcionários.

Presunção

Segundo o especialista, esse comportamento “é comum no mundo da tecnologia, mas também é encontrado em algumas consultorias de alto nível e outras empresas elitistas”. “Eles procuram contratar apenas os melhores e querem que você acredite que tem sorte até mesmo em ser considerado para o papel deles.”

Esse tipo de percepção leva a processos seletivos desrespeitosos. “Essas empresas muitas vezes têm entrevistas abusivas onde um painel virtualmente humilha os candidatos”, diz Williams. “Eles impõem trabalhos prévios intermináveis que depois julgam de maneira severa e depreciativa. Eles nunca permitem que o candidato faça perguntas igualmente desafiadoras sobre a empresa, ou instantaneamente rejeitam aqueles que o fazem”.

Para o ex-VP, esse tipo de processo seletivo sinaliza que muitos funcionários de nível de entrada poderão ser submetidos a anos de abuso. “Se o entrevistador não o trata como um igual ou pelo menos como alguém de valor na entrevista, imagine como seria trabalhar lá como um novo contratado”, diz.

Com informações Exame e Business Insider

Fonte: Portal Contábeis