Um novo levantamento do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), divulgado na última quinta-feira (20) revelou que a ferramenta de análise de documentação médica Atestmed foi responsável por reduzir em mais de seis vezes o tempo médio de duração dos benefícios por incapacidade temporária na comparação com as perícias presenciais.
O CNPS revelou que os benefícios duraram em média 62,5 dias com o uso da ferramenta em julho deste ano. Antes, esse mesmo cálculo chegava a 394,8 dias.
Para o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, o aumento da eficiência se explica porque esses benefícios passaram a substituir a renda. “Esse é o objetivo original desse benefício”, afirmou.
A situação é bem diferente de quando eram indenizatórios, pois havia demora na concessão.
Despesas dos benefícios
Da mesma forma, houve uma redução das despesas com benefícios por incapacidade temporária. Os gastos chegaram a R$ 25,8 bilhões até julho de 2024 frente a R$ 34,3 bilhões no ano passado.
O diretor do Departamento do Regime Geral de Previdência Social, Benedito Adalberto Brunca, no entanto, esclarece que é inadequado fazer comparações com anos anteriores por causa dos impactos de episódios importantes, como a pandemia e duas greves longas de servidores do INSS e peritos médicos federais.
“Vamos terminar o ano dentro dos patamares orçamentários de dez anos atrás (quando a despesa foi de R$ 44,5 bilhões)”, projetou Brunca.
De acordo com o Ministério da Previdência Social, está sendo estável em 4,5% a proporção de despesa com benefícios por incapacidade em relação a todos oferecidos pela previdência.
“Isso demonstra que não há explosão de despesa. Estamos mantendo patamares históricos da Previdência Social”, explicou o diretor do RGPS.
Brunca apresentou dados que apontam uma queda de 10,69% na despesa total com benefícios previdenciários por incapacidade temporária.
Com informações Extra
Fonte: Portal Contábeis