Trabalhista

Co-fundador do LinkedIn afirma que empregos fixos vão acabar até 2034

Conhecido informalmente como um grande “futurólogo” do mercado de trabalho, Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn, que previu a ascensão das mídias sociais e da “economia gig”, agora possui uma nova previsão. Ele expos no seu X que o trabalho tradicional das 9h às 17h vai desaparecer em grande parte até 2034. Assim ele afirma que o futuro trabalho será caracterizado com o desempenho de múltiplas funções em vários setores ao invés de apenas um trabalho estável. 

De acordo com Hoffman, o modelo de trabalho baseado em trabalhos pontuais vai dominar o mercado com as pessoas potencialmente fazendo malabarismos com várias funções simultaneamente. Esta transformação, observa ele, trará novas oportunidades e desafios, remodelando fundamentalmente as normas de longa data da força de trabalho. “Você pode trabalhar não apenas em diversas empresas ao longo de sua carreira, mas também em diferentes setores, com planos de carreira em constante mudança”, afirma Hoffman. 

Esse é o caso do consultor de investimentos e empresário, Paco Fazito que fez uma transição de carreira de profissional autônomo para profissional com um trabalho fixo: “Me formei em Odontologia em 2003, pela PUC-MG e em 2006 virei especialista em Endodontia pela UFMG. Em 2007 entrei no mestrado em Administração de Empresas pela FUMEC, me tornando mestre em Administração em 2009”, conta Fazito. 

Depois dessa primeira experiência na área de gestão, Paco se apaixonou pelo mercado financeiro e de seguros chegando a trabalhar em uma seguradora full-time: “Era uma loucura, mas adorava e foi assim que eu descobri que gosto de fazer várias coisas ao mesmo tempo e de me desafiar todos os dias”, afirma o gestor. 

Depois disso, Paco decidiu se desafiar novamente e fazer parte de uma gestora de ativos e um banco digital voltado para dentistas, sendo um dos sócios da empresa. 

De acordo com a mentora de carreiras, Paula Boarin, as vagas CLT diminuem a cada ano e é preciso que cada colaborador saiba criar as suas próprias oportunidades para aumentar as possibilidades de empregabilidade: “Toda forma de pensar é válida, há quem prefira o CLT com todos os benefícios e direitos e quem prefira a liberdade e a possibilidade de escalar do PJ, mas é preciso estar atento aos sinais que o mercado nos dá”, afirma a mentora de carreiras. 

Para desenvolver um plano B para quando chegar o momento que os trabalhos fixos serão cada vez mais escassos, segundo a teoria de Hoffman, a especialista em mercado de trabalho, Paula Boarin dá 5 dicas sobre de como começar a desenvolver o seu plano B, mas sem se queimar com o seu plano A:  

  1. Leia o contrato de trabalho ou código de conduta antes de qualquer ação Esse é um primeiro ponto a ser levado em consideração, muitas vezes a pessoa fica perdida sobre o que pode e o que não pode fazer, porque simplesmente não lê o contrato de contrato ou manual de compliance: “É importante ler e reler esse documento para saber se você infrintindo alguma regra quando você começa um negócio ou um plano b”, orienta Boarin;
  2. Entenda as regras implícitas Depois de entender se você se quebrando alguma regra, faça uma leitura de cenário para entender como as pessoas ao seu redor no trabalho se sentem em relação ao seu plano B e se isso pode ser prejudicial para você: “Existem gestores que acham que são donos de todas as suas horas de trabalho e acreditam que você ter seu próprio negócio pode impactar na sua produtividade, existem chefes e empresas que são mais parceiros e abraçam as iniciativas empreendedoras dos seus colaboradores, então, tudo vai variar de acordo com a personalidade e cultura da companhia”, aconselha Paula;
  3. Qual é a melhor forma de fazer NA SUA EMPRESA? Afinal, chegou a hora do como começar: vale a pena contar para o seu gestor ou começar sem avisar? Criar uma marca só sua e se associar apenas como fornecedora? Criar uma nova rede social. Avisar o gestor e meio que pedir permissão? De acordo com Paula Boarin, é preciso fazer uma leitura de cenário assertiva para saber o que falar e o que não falar para não ser prejudicado: “Muitas vezes, não precisamos contar todos os detalhes das nossas escolhas, afinal, a empresa também não vai te dar sempre 100% de visibilidade de em cada tomada de decisão. É preciso fazer sempre uma leitura de cenário consciente para saber o que vai te prejudicar e o que não vai”, afirma a mentora de carreiras;
  4. Tenha postura de uma postura profissional, principalmente, quando estiver trabalhando no horário designadado para a empresa do contrato fixo. Evite fazer stories sobre a sua nova empreitada, fazer propostas comerciais e outras atividades que não fazem parte do escopo do seu trabalho atual;
  5. Atenção com a produção de conteúdo: conteúdos positivos vão te trazer menos problemas. Cuidado com conteúdos negativos. Fazer conteúdos muito polêmicos pegando no calcanhar de aquiles da sua empresa ou do seu segmento pode ser mau visto pelos seus gestores. Por outro lado, conteúdos mais positivos e análiticos são considerados mais neutros e tendem a não criar fricção entre a empresa e a sua nova empreitada.

Fonte: Consultor de investimentos e empresário, Paco Fazito

Fonte: Portal Contábeis