A proposta de escalonar gradualmente a taxação de compras internacionais de até US$ 50 (aproximadamente R$ 250) tem ganhado destaque entre os deputados federais. Essa ideia surgiu em uma recente reunião de líderes da Câmara dos Deputados, porém ainda se encontra em estágios iniciais de desenvolvimento.
A eliminação da isenção de impostos para compras internacionais faz parte do Projeto de Lei (PL) relacionado ao Programa de Mobilidade Verde (Mover). A expectativa é que o projeto seja votado na Câmara dos Deputados e no Senado ainda esta semana, pois a Medida Provisória (MP) que originou o programa, e que possui o mesmo conteúdo do projeto de lei, expira nesta sexta-feira (31).
Controvérsias e debate parlamentar
O maior ponto de discordância entre os parlamentares refere-se ao chamado “jabuti” – um trecho sem relação direta com o projeto original. Na última quinta-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que vetaria a proposta caso ela incluísse o fim da isenção de impostos. No entanto, Lula também sugeriu um “meio-termo” e expressou disposição para negociar com deputados e senadores.
Opiniões divergentes dentro do governo
Durante uma entrevista, Lula afirmou que é necessário encontrar uma maneira de “não beneficiar alguns em detrimento de outros”, defendendo uma solução uniforme e aberta ao diálogo. O tema também divide opiniões dentro do governo. Enquanto a equipe econômica apoia o fim da isenção para aumentar a arrecadação, Lula mudou de posição ao longo do tempo. Em março, ele havia declarado que era inadmissível que produtos fossem vendidos ao Brasil sem pagamento de impostos. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, é contra a tributação, e sua opinião influenciou significativamente a decisão de Lula.
Expectativas e impactos
A proposta de escalonamento progressivo da taxação de compras internacionais ainda está sendo discutida e precisa ser detalhadamente analisada para evitar prejuízos e garantir um sistema justo para todos os envolvidos. O debate continua enquanto se busca um consenso que possa ser aceito tanto pelo governo quanto pelos parlamentares, visando atender aos interesses econômicos do país sem sobrecarregar os consumidores.
Fonte: Portal Contábeis