Trabalhista

Trabalho aos domingos: proposta prevê jornada diferenciada

Nesta segunda-feira (4) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu uma jornada diferenciada para trabalho aos domingos.

“Eu não sou contra o trabalhador do comércio trabalhar no domingo, porque muita gente só pode ir fazer compra no final de semana, ou às 19h, 20h da noite. Tem gente que não pode de dia. Mas isso não significa que você tem que obrigar o cara a trabalhar todo sábado e domingo”, disse Lula.

As declarações foram feitas em evento de assinatura de projeto de regulamentação do trabalho de motoristas por aplicativo.

O presidente enfatizou a importância de uma jornada diferenciada para os empregados do setor, a fim de evitar que sejam obrigados a trabalhar incessantemente durante os fins de semana.

A ideia é criar uma nova categoria para os trabalhadores do comércio, semelhante aos plantonistas em hospitais, visando resolver os desafios enfrentados por esses profissionais. 

“Os sindicatos não são contra trabalhar no domingo, eles querem que tenha uma jornada diferenciada para atender o que os trabalhadores precisam e o que os empresários precisam”, completou Lula.

Trabalho aos domingos

A discussão sobre a regulamentação do trabalho aos domingos e feriados ganhou destaque recentemente com a suspensão de uma portaria que dificultava as atividades comerciais em dias de folga. 

A medida, que inicialmente entraria em vigor em março, exigia negociação coletiva para o trabalho nessas datas, revertendo uma regra anterior do governo Bolsonaro que permitia o trabalho sem acordo prévio com as entidades representativas dos trabalhadores.

A suspensão da portaria gerou polêmica e levou o governo a reconsiderar suas exigências, abrindo espaço para um diálogo mais amplo sobre o tema. 

A intervenção de Lula agora adiciona um novo elemento à discussão, sugerindo uma abordagem que equilibre as necessidades dos trabalhadores e dos empresários do setor.

Diante desse cenário, o debate sobre a regulamentação do trabalho aos domingos e feriados ganha novas proporções, com propostas que visam conciliar as demandas econômicas com a proteção dos direitos trabalhistas.

Fonte: Portal Contábeis